Plenário vota projeto que estimula conhecimento sobre Parkinson
Da Agência Senado | 22/05/2023, 16h55
A pauta da sessão plenária de quinta-feira (25), às 11h, tem apenas duas propostas, ambas já aprovadas na Câmara dos Deputados.
O primeiro item é o projeto de lei que cria o Mês de Conscientização da Doença de Parkinson, que será promovido anualmente no mês de abril (PL 2.730/2020). O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) é o relator. Ele lembra que a enfermidade é crônica, progressiva, degenerativa e afeta funções vitais do corpo, como os movimentos e o equilíbrio.
Autor do projeto original na Câmara, o então deputado Ricardo Izar relaciona alguns objetivos da nova data comemorativa dedicada à conscientização sobre o Parkinson, além de divulgar o tema na sociedade:
- estimular profissionais a contribuir com o aumento da qualidade de vida e tratamento de sintomas;
- promover a participação dos familiares na definição e no controle de ações e serviços de saúde;
- dar suporte ao desenvolvimento científico e tecnológico para o tratamento;
- proporcionar maior divulgação dos sintomas para aumentar o diagnóstico precoce;
- ratificar o direito ao medicamento e às formas de tratamento disponíveis;
- estimular universidades a desenvolver atividades de terapias multidisciplinares com as pessoas com a doença;
- incentivar os profissionais da área de saúde e terapias multidisciplinares que atualizem seus conhecimentos sobre o Parkinson.
A escolha do mês remete ao Dia Mundial da Doença de Parkinson, em 11 de abril, data de aniversário de James Parkinson, médico que descreveu com detalhes o distúrbio em um estudo publicado em 1817.
Plantio direto
O segundo item da pauta é o projeto que institui o Dia Nacional do Plantio Direto (PL 5.988/2019). A ser celebrada anualmente em 23 de outubro, a data tem como finalidade incentivar ações que contribuam para universalizar a prática do plantio direto.
O projeto, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), determina que a data será dedicada à promoção de exposições, seminários, aulas, palestras e demais eventos ou ações “que contribuam para a divulgação dos princípios, assim como para a universalização da prática do plantio direto”.
Segundo o autor do projeto, o plantio direto permite aliar os interesses pela produção de grãos e pela conservação dos recursos naturais, diminuindo o uso de máquinas agrícolas, por exemplo.
“Muitas das culturas usadas no sistema de plantio direto são espécies forrageiras que, além de fornecer palha e raízes, podem ser usadas para a produção de carne e leite, agregando valor à produção agrícola da propriedade com o sistema de integração lavoura–pecuária, que, segundo os especialistas, é uma excelente alternativa no processo de diversificação de culturas”, sustenta a proposta.
De acordo com a Embrapa, o plantio direto é um método conservacionista de trabalhar a terra na agropecuária que busca a rentabilidade do sistema agrícola com o cultivo de sequências simples, compostas de espécies para formação de palha e da cultura comercial. O sistema usa práticas integradas que proporcionam contínuo semear ou plantar sem preparo prévio do solo.
Segundo a Embrapa, as principais vantagens do plantio direto são a eliminação de erosão do solo, conservação da água, economia de combustível, tempo e mão de obra, maior possibilidade de semeadura na época certa, menor risco na seca (devido à retenção de umidade no solo), melhor resposta da cultura às chuvas após um período de seca e melhor germinação de sementes e emergência das plantas.
A matéria foi aprovada na CE no ano passado, com relatoria do então senador Lasier Martins. Em seu voto, ele destaca que estudos realizados pela Embrapa Soja comprovam que o sistema de plantio direto aumenta a produtividade nas lavouras em 30% quando comparado ao sistema convencional. No caso das lavouras, acrescenta o relatório, enfatizam-se basicamente as de soja e milho, que são as duas culturas de grãos mais cultivadas no Brasil.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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