Senado lança exposição sobre 8 de janeiro para prevenir ataques no futuro

Da Comunicação Interna | 19/04/2023, 10h03

Lançada nessa terça (18), a exposição Reflexões do Senado - 100 dias da invasão mantém viva a memória dos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. Com 50 registros fotográficos de 21 profissionais do Senado e da mídia externa, a mostra pode ser visitada até 26 de abril no Salão Negro.

Para o primeiro-vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), manter a memória dos atos antidemocráticos é importante para impedir eventuais ataques à democracia. 

— Ainda me recordo, quando chegava do meu estado a Brasília naquele dia, de ter sido alertado sobre a gravidade do que se abatia sobre as estruturas dos três Poderes. Mesmo com muitas imagens, só tivemos a dimensão plena do ocorrido quando testemunhamos a destruição. Que não seja apenas uma página virada, mas que permaneça em nossas memórias na forma de reações para evitar atos que tragam arritmia ao processo democrático — afirmou.

De acordo com a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, a invasão de 8 de janeiro foi o maior ataque "simbólico e concreto" à democracia do país. Para ela, a exposição tem a função de prevenir novos atos.

— É importante visualizarmos [a destruição], não só para que consigamos valorizar o que temos hoje, mas também como forma eficaz de prevenção — disse.

A diretora da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Érica Ceolin, elogiou o trabalho dos profissionais que participam da exposição e destacou a diversidade dos pontos de vista retratados. 

— Temos vários olhares de fotógrafos setoristas do Congresso e que trouxeram suas percepções da invasão. O ataque a uma instituição, como aconteceu, fere a democracia e a sociedade. Fizemos a ponte com vários fotógrafos para termos pluralidade. Toda a sociedade foi atingida e aqui mostramos isso — explicou.

Representando o grupo de profissionais que fizeram as imagens do 8 de janeiro, o fotojornalista Pedro Ladeira frisou a importância do registro de momentos como os ataques antidemocráticos.

— Em tempo de fake news, nosso trabalho é ainda mais essencial. O 8 de janeiro é uma prova. Imaginem esse evento sem o trabalho dos fotógrafos e cinegrafistas. O que ficaria sem nossas imagens? — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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