Para Buzetti, leis rigorosas não impediram avanço de feminicídios e outros crimes

Da Agência Senado | 19/04/2023, 20h02

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) alertou para o aumento da violência de gênero e outros crimes bárbaros no Brasil, apesar da adoção de leis que visam reduzir sua incidência. Em pronunciamento no Plenário, nesta quarta-feira (19), a parlamentar lembrou que em 2022 o país bateu o recorde de feminicídios, com uma mulher morta a cada seis horas.

— Que certeza de impunidade é essa que motiva homens a reduzirem a vida das mulheres a nada? E nós aqui, aprovando leis e mais leis que, no fim das contas, não nos garantem a paz, nem nossa, nem dos nossos familiares e dos nossos amigos — afirmou.

A senadora mostrou-se estarrecida com as notícias de ataques contra escolas, como a ocorrida numa creche de Santa Catarina. Após reconhecer o esforço do Congresso Nacional na adoção de leis mais duras para o combate à criminalidade, Buzetti questionou se elas têm servido apenas para acalmar os ânimos da sociedade, desempenhando papel muito mais emergencial e simbólico do que efetivo. Para aumentar a efetividade, avaliou, é preciso a valorização da polícia e que o Poder Judiciário faça justiça, sem abrandar penas.

Margareth Buzetti afirmou ainda que é necessário aumentar a oferta de emprego, para que os pais tenham plena condição de educarem seus filhos. Além disso, ela ressaltou que as escolas precisam mudar para se tornarem mais atrativas e, assim, evitar a enorme taxa de evasão escolar.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)