Senado debate consequências da guerra na Ucrânia com ministros em sessão nesta quinta

Da Redação | 18/03/2022, 15h03 - ATUALIZADO EM 23/03/2022, 15h35

O Senado vai promover na quinta-feira (24) uma sessão de debates sobre as causas e os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e suas consequências para a economia. O requerimento para o debate (RQS 146/2022), de iniciativa da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) e apoiado por outros senadores, foi aprovado na sessão plenária de terça-feira (8). O início do debate semipresencial está previsto para às 10h.

Confirmaram presença no debate o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial de comércio exterior e assuntos internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt Júnior.

Segundo Rose de Freitas, os impactos do conflito já são perceptíveis nas relações políticas e econômicas que envolvem os dois países e todo o planeta. Ela aponta que a questão econômica e diplomática poderá atingir o Brasil, ainda que indiretamente. Como exemplo, ela cita a alta do preço do petróleo, “com o barril ultrapassando os 100 dólares pela primeira vez em sete anos, gerando graves efeitos em cascata na cadeia econômica global”.

De acordo com a parlamentar, o alinhamento entre Rússia e China poderá gerar consequências para a economia brasileira.

“Outra decorrência mundial do distanciamento entre a Rússia e os Estados Unidos da América e a Europa, será o realinhamento entre a Rússia e a China, alterando significativamente o balanço do mercado mundial, provavelmente com a elevação do protagonismo chinês e do projeto eurasiano”.

Em seu requerimento, a senadora faz questão de ressaltar as perdas humanas envolvidas em uma guerra e pede um “debate amplo e profundo sobre essa guerra que se afigura como um momento decisivo da humanidade”.

De acordo com dados das Nações Unidas, divulgados na sexta-feira (18), mais de 700 civis foram mortos durante a guerra, entre eles 52 crianças. Cerca de 6,5 milhões de pessoas deixaram suas residências na Ucrânia para outras localidades do país e pelo menos 3,2 milhões de refugiados fugiram para outros países.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)