Trad diz que Brasil deve fazer gesto inicial para se aproximar de Joe Biden

Elisa Chagas | 20/01/2021, 11h43 - ATUALIZADO EM 20/01/2021, 12h55

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), disse que o Brasil deve fazer um gesto inicial de aproximação do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que toma posse nesta quarta-feira (20), às 12h (14h no horário de Brasília), ao lado da vice-presidente, Kamala Harris. Trad afirmou que a perspectiva de relação entre os dois países supera qualquer questão ideológica que possa existir nos governos brasileiro e americano. 

— Em política, gestos são vistos como uma atitude no sentido de aproximação ou afastamento. Nesse sentido, um governo que está  iniciando precisa de gestos daquele que já esta no seu meio. Eu entendo que o governo brasileiro precisa fazer gestos, tomar atitudes no sentido de mostrar para o presidente eleito, Joe Biden, que o Brasil está cada vez mais pronto para realizar as ações diplomáticas e comerciais com os EUA. Ambos os países vão ganhar com isso — disse Trad à Agência Senado.

Pelo Twitter, o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre, desejou sucesso ao novo presidente e à sua vice e disse esperar que Brasil e Estados Unidos estejam abertos para o diálogo e o entendimento.

"Em nome do Parlamento brasileiro cumprimento e desejo êxito ao presidente do Estados Unidos, Joe Biden, e à vice-presidente, Kamala Harris. Que os nossos países possam manter abertos os canais do diálogo e do entendimento, sempre buscando o equilíbrio", disse Davi. 

Também nas redes sociais, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) destacou a segurança reforçada na cerimônia de posse de Biden e as dificuldades na transição do novo governo.

"A posse de Biden tem esquema de segurança sem precedentes. É a mais tumultuada transição americana, exarcebada pela prepotência de Trump”, escreveu o senador.

No dia 6 de janeiro, apoiadores do presidente americano Donald Trump, tomaram o prédio do Capitólio, onde funciona o Congresso americano, para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden, a última etapa antes da posse. Cinco pessoas morreram e 52 foram presas.

A invasão gerou uma série de críticas por parte de senadores brasileiros, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Em sua maioria, eles definiram o ato como extremista e antidemocrático e alertaram para o risco de outras nações estarem sujeitas a esse tipo de agressão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)