CI aprova indicada para diretoria da ANP; decisão ainda tem de ser confirmada em Plenário
Da Redação | 14/12/2020, 22h23
A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI) aprovou nesta segunda-feira (14) a indicação de Tabita Yaling Cheng Loureiro para ocupar uma das diretorias da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na vaga decorrente do término do mandato de Felipe Kury em 21 de dezembro de 2020. A mensagem com sua indicação (MSF 97/2020) recebeu parecer favorável do senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Para ser confirmada, a mensagem ainda tem que ser aprovada no Plenário do Senado.
Tabita é engenheira de produção formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui pós-graduação em engenharia do petróleo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e mestrado em engenharia mecânica pela mesma universidade. Em 2019, cursou MBA em gestão de petróleo e gás natural na Geneva Business School, na Suíça.
Desde 2006, é servidora concursada da ANP. Entre outras funções exercidas na agência, foi superintendente de Desenvolvimento e Produção em 2016 e assessora da Diretoria-Geral de 2017 a 2019.
Na sabatina realizada pela CI nesta segunda-feira, ela destacou o potencial do Brasil para figurar entre os cinco maiores produtores de petróleo na próxima década e as perspectivas positivas com a volta dos investimentos em energia, que foram prejudicados com a pandemia de covid-19. Além de lembrar que menos de 5% do total das bacias sedimentares do Brasil está sob contrato, Tabita disse esperar um crescimento acentuado do mercado de gás natural, mas ressalvou que a competição global será mais acirrada no que se refere à transição para alternativas de energia limpa. Ela disse que a ANP continuará acompanhando as transformações do mercado.
— O futuro do setor depende de sua credibilidade diante da sociedade. É preciso uma regulamentação justa, moderna e sustentável — afirmou.
Ao responder às perguntas dos senadores, Tabita afastou preocupações quanto à garantia de abastecimento e à possibilidade de configuração de monopólio privado no setor, ressaltando que a ANP possui um grupo de trabalho para monitorar o abastecimento nacional.
— Há o compromisso da ANP em trabalhar com ênfase na garantia de suprimentos. Temos a transparência de preços e vamos reforçar o monitoramento contra qualquer conduta abusiva — disse ela.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
MAIS NOTÍCIAS SOBRE: