Distrito Federal precisa mudar matriz econômica, defende Izalci
Da Redação | 13/03/2020, 14h37
Em discurso nesta sexta-feira (13), em Plenário, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu a manutenção do Fundo Constitucional para o Distrito Federal. Esse fundo prevê repasse de dinheiro do governo federal para o Executivo local custear despesas em três áreas principais: segurança pública, saúde e educação. Ele ressaltou ser necessário mudar a matriz econômica e não depender tão somente dos repasses da União.
— O nosso fundo constitucional foi criado em 2002. De qualquer forma, antes dele, quem pagava todas as despesas do DF era o governo federal, só que com o pires na mão. Brasília é a capital de todos os brasileiros, o que explica essa sua responsabilidade maior. E nós não vamos admitir perder porque, sem ele, nós não temos como garantir realmente a soberania da nossa cidade, do país.
De acordo com o senador, o Distrito Federal sempre dependeu do funcionalismo público para sua sobrevivência econômica. Por ser a capital do país, concentra funcionários públicos dos três Poderes, com elevada capacidade de renda, além de 180 representações diplomáticas, o que fomenta a economia local. Entretanto, disse ele, as reformas que estão ocorrendo no Estado brasileiro, principalmente a previdenciária e as que estão por vir, afetarão a arrecadação do governo local. Para ele, os anúncios do governo de privatizar as estatais poderão afetar ainda mais as finanças do GDF.
— Temos, por isso, que buscar outras alternativas para a economia do Distrito Federal, mas não podemos prescindir de apoio do governo federal. Então, está se falando em privatizar. Temos que lembrar que grande parte das estatais está na capital, e isso deveria valer para todas. Temos muitas. A presidência da Caixa Econômica, a presidência do Banco do Brasil, enfim, todas as agências estão aqui no DF. Então, se for privatizar alguma coisa, não se poderá esquecer de compensar a economia do DF com relação a isso — argumentou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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