Paulo Albuquerque critica falta de segurança em navegação fluvial e marítima

Da Rádio Senado | 12/03/2020, 21h58

Ao discursar em Plenário nesta quinta-feira (12), o senador Paulo Albuquerque (PSD-AP) criticou a falta de segurança na malha fluvial e marítima do país. Como exemplos, ele citou os acidentes no Amapá, onde um navio de médio porte naufragou no Rio Jari, com várias mortes, e no Maranhão, onde um navio que transportava minério de ferro pertencente à Vale encalhou no litoral do estado, além do vazamento de óleo no litoral nordestino que aconteceu no ano passado.

— Nossa malha fluvial e marítima hoje estão comprometidas em decorrência de graves acidentes — protestou ele. 

Por essa razão, argumentou, ele é contra recentes alterações promovidas nas Normas da Autoridade Marítima para o Serviço de Praticagem — mais especificamente, a Normam-12. De acordo com a Lei 9.537, de 1997, "o serviço de praticagem consiste no conjunto de atividades profissionais de assessoria ao comandante requeridas por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura movimentação da embarcação".

Segundo Paulo Albuquerque, as alterações na Norman-12 "relaxaram critérios: permitiram que um comandante tenha isenção da praticagem em área onde hoje é obrigatória, reduziu pela metade o treinamento antes exigido e deixou ilimitado o tamanho dos navios que podem ser isentos [de praticagem]".

— Muito há de se argumentar sobre as pressões que o governo brasileiro, e especialmente a querida Marinha do Brasil, sofrem para relaxar medidas de segurança, visando a lucros de empresas de navegação ou outras ligadas à atividade marítima — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)