Comissão aprova criação do Diploma Paul Singer para economia solidária

Da Redação | 22/10/2019, 12h22

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou parecer favorável ao Projeto de Resolução 49/2019, do senador Jaques Wagner (PT-BA), que cria no âmbito do Senado o Diploma Paul Singer. A ideia é reconhecer iniciativas empreendedoras na área da economia solidária. O texto seguiu para a Comissão Diretora da Casa.

Segundo a proposta, o diploma será concedido pela Mesa do Senado em sessão especialmente convocada para esse fim e premiará anualmente até cinco pessoas. A indicação dos candidatos, acompanhada de justificativa, poderá ser feita por qualquer senadora ou senador. A análise das indicações ficará a cargo de um conselho composto por um parlamentar de cada um dos partidos políticos com assento na Casa.

O relator, senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), votou a favor da iniciativa, afirmando que não há figura melhor do que Paul Singer para representar as ações solidárias no campo econômico. O parlamentar lembrou que Singer nasceu na Áustria, mas deixou o país em função da perseguição nazista aos judeus. Migrou com sua família para o Brasil aos 8 anos de idade.

Líder de greves no Sindicato dos Metalúrgicos, Paul Singer formou-se economista e obteve doutorado em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), onde lecionou até ano de 1969, quando teve seus direitos políticos cassados e foi aposentado compulsoriamente. Voltou a lecionar no fim da década de 1970.

“Entre as suas realizações, estão a participação na fundação do Partido dos Trabalhadores, em 1980; a criação e coordenação acadêmica da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP, em 1998; a publicação do livro Introdução à Economia Solidária, em 2002; e a direção da Secretaria Nacional de Economia Solidária do então Ministério do Trabalho e Emprego, de 2003 a 2016”, acrescenta o relator.

Durante a discussão da matéria na CAE, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) elogiou a iniciativa do prêmio, frisando que Singer foi “um grande mestre e um homem acima do seu tempo”. O economista morreu em 16 de abril de 2018.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)