Governo deve executar dívidas dos devedores da Previdência, afirma Irajá

Da Redação | 21/03/2019, 15h10

Ao mesmo tempo em que é necessário aprovar a reforma da Previdência, alguns pontos da proposta apresentada pelo governo federal precisam ser repensados, afirmou o senador Irajá (PSD-TO) nesta quinta-feira (21), em Plenário. O parlamentar disse estar contra as alterações quanto à aposentadoria especial rural e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Outra questão que precisa ser revista, ressaltou Irajá, é o modo pacífico como o texto se refere aos devedores da Previdência. A dívida, atualmente, supera os R$ 479 bilhões de reais, valor que cresceu quase três vezes ao longo de dez anos. Em 2008, era da ordem de R$ 175 bilhões. Mesmo assim, a proposta não traz nada de substancial no que se refere à cobrança desse passivo, afirmou.

— Segundo dados oficiais do próprio Ministério da Previdência, R$ 200 bilhões são recuperáveis, estão passíveis de serem recebidos quando descontados créditos que são de empresas que já estão falidas ou que já fecharam, a exemplo de Varig, Vasp e outras empresas que não estão mais estabelecidas no mercado. Se existem esses créditos, por que o governo não faz um esforço para que esses créditos possam ser recebidos, se ele dispõe de todos os instrumentos, amparado pela legislação brasileira, para que essas empresas possam ser cobradas e, muitas vezes, executadas? — questionou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)