CPI de Brumadinho ainda espera definição de integrantes

Da Redação | 13/02/2019, 14h12

Os partidos ainda estão definindo a indicação dos nomes que vão integrar a comissão de inquérito que investigará a tragédia de Brumadinho. Ao deixar a reunião de líderes no início da tarde desta quarta-feira (13), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que o colegiado vai ser instalado, no mais tardar, na próxima semana. Segundo ele, ainda não há nomes definidos:

— Todos os líderes estavam se dedicando até esse momento na definição da comissões permanentes, mas creio que até quinta-feira ou no fim da semana os nomes sejam apresentados para instalarmos [a CPI] na semana que vem — opinou.

Diante da pretensão da Câmara de também criar uma comissão para investigar o mesmo assunto, o senador afirmou que preferia uma comissão mista, com a participação de deputados e de senadores.

— Também acho que é melhor, mas, com todo respeito, não acho prudente ficar esperando a Câmara. Aqui no Senado houve acordo para instalação, não houve oposição. Não é de bom tom ficarmos aqui esperando a Câmara definir. Nossa ideia é, estando tudo certo, instalar a CPI na semana que vem — explicou.

Na Câmara, a CPI foi sugerida pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e teve a assinatura de outros 194 deputados, o número mínimo de assinaturas exigido seria de 171.

Randolfe explicou ainda que, na formação de comissões temporárias, como uma CPI, prevalece o retrato da composição partidária atual, e não da data da posse.

— Já para as comissões permanentes, é diferente. O Regimento Interno estabelece que, para efeitos de proporcionalidade, prevalece a data da posse —acrescentou.

Tragédia

O rompimento da barragem de Brumadinho ocorreu no dia 25 de janeiro e já causou a morte de 165 pessoas. Outras 155 pessoas continuam desaparecidas, conforme a última atualização feita pelas autoridades.

O requerimento para criação da CPI, apresentado pelos senadores Carlos Viana (PSD-MG) e Otto Alencar (PSD-BA), foi protocolado no Senado em 7 de fevereiro, com o apoio de 42 senadores. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, leu o documento em Plenário na terça-feira (12).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)