Indicado para embaixador na Índia é aprovado na Comissão de Relações Exteriores

Da Redação | 21/06/2018, 12h24

A indicação do nome do diplomata André Aranha Corrêa do Lago para exercer o cargo de embaixador do Brasil na Índia e, cumulativamente, no Butão foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores (CRE) nesta quinta-feira (21). A MSF 54/2018 segue para votação no Plenário do Senado.

As relações diplomáticas entre Brasil e Índia foram estabelecidas em 1948, logo após a independência indiana do domínio Britânico.

Entre os maiores desafios de ordem comercial enfrentados pelo Brasil em relação à Índia, destaca-se a dificuldade de acesso a mercados. Dos dez principais produtos que compuseram a pauta global brasileira de exportações em 2017, três (celulose, carne bovina e carne de frango congelada) tiveram acesso inexpressivo ao mercado indiano.

Estima-se que o investimento direto do Brasil na Índia alcance US$ 1 bilhão, enquanto o investimento indiano no Brasil esteja na faixa dos US$ 6 bilhões. O Brasil tem interesse em ampliar o comércio e os investimentos bilaterais, que ainda estão muito aquém do potencial dos dois países, conforme apontou o indicado a embaixador.

Estou convencido de que quanto mais se souber da Índia mais os brasileiros vão se interessar em se aproximar.  Precisamos vencer obstáculos para a agricultura brasileira e o desconhecimento em relação ao Brasil – disse Aranha.

Butão

Durante a sabatina, ele observou que o Reino do Butão tem demonstrado reiterado interesse em fortalecer seus laços com o Brasil.  Há potencial de cooperação na área hidrelétrica, devido à capacidade técnica do Brasil e ao potencial de produção hidrelétrica do Butão.

Currículo

André Aranha Corrêa do Lago é brasileiro, mas nasceu em 1959, na cidade de Paris, França. Concluiu o curso de Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1981, ingressando no Instituto Rio Branco no ano seguinte.

Foi oficial de gabinete do Cerimonial da Presidência da República (1991); primeiro-secretário na  Embaixada em Washington (1995); e chefe da Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (2004).

Desde 2013, é embaixador do Brasil em Tóquio, cargo que será ocupado agora pelo diplomata Eduardo Saboia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)