Plenário aprova embaixadora brasileira em Cameroun

Da Redação | 18/04/2018, 17h25

Foi aprovada em Plenário nesta quarta-feira (18) a indicação de Vivian Loss Sanmartin, ministra de segunda classe da carreira de diplomata do Ministério das Relações Exteriores, para exercer o cargo de embaixadora do Brasil na República do Cameroun, país conhecido como Camarões (MSF 8/2018). A diplomata exercerá o cargo cumulativamente com o de embaixadora brasileira na República do Chade. A nomeação recebeu 40 votos favoráveis, 2 contrários e duas abstenções.

Vivian Loss Sanmartin é gaúcha, graduada em letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, tendo ingressado na carreira diplomática em 1990. Entre os cargos que exerceu no exterior está o de conselheira na embaixada em Buenos Aires, onde foi chefe do setor de energia. Desde 2012, é ministra-conselheira na Embaixada do Brasil em Viena.

A diplomata foi sabatinada na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) no final de março. Ela explicou aos senadores que a África é hoje um continente com enorme potencial de crescimento, com 300 milhões de pessoas na classe média, riquíssimo em recursos naturais e com maioria de população jovem.

A embaixadora defendeu a abertura e manutenção de representações brasileiras no continente africano. Reforçou que a África já é tratada internacionalmente como a “próxima fronteira do desenvolvimento capitalista”, e alertou que o Brasil vai ficar para trás se não solidificar estratégias para a ocupação desses mercados.

Cameroun

Ex-colônia alemã, Cameroun tem população de quase 25 milhões de habitantes. De 1999 a 2005, a embaixada brasileira ficou desativada devido a restrições orçamentárias.

Com base nos dados estatísticos fornecidos pelo ministério, o comércio bilateral entre Brasil e Cameroun passou por crescimento, entre 2003 e 2010, seguido de redução, entre 2010 e 2016. Em 2017, houve crescimento do intercâmbio bilateral em relação ao ano anterior.

Chade

País da África Central, o Chade tem população de 14,45 milhões de habitantes e teve as relações diplomáticas com o Brasil estabelecidas em 1996. O intercâmbio entre os países tem se intensificando aos poucos, principalmente em decorrência da cooperação técnica no campo do cultivo de algodão.

A importância do comércio bilateral é pequena para os dois países. Em 2016, a corrente de comércio totalizou cerca de US$ 2 milhões e, em 2017, US$ 822 mil. A pauta tem sido historicamente composta por exportações brasileiras.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)