Lindbergh defende memória de Marielle e manifesta indignação contra 'fake news'

Da Redação e Da Rádio Senado | 20/03/2018, 20h21

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) protestou nesta terça-feira (20) em Plenário contra o que chamou de "assassinato simbólico", por meio da difamação, da vereadora Marielle Franco, executada a tiros junto com seu motorista no centro do Rio de Janeiro na semana passada. O senador apontou a disseminação de mentiras para manchar a memória da vereadora.

Para Lindbergh, os assassinos de Marielle são aplaudidos pela elite e têm uma ideologia associada ao candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, que é deputado federal pelo PSL, e ao Movimento Brasil Livre. No entendimento do senador, tanto um quanto outro são cúmplices do assassinato de Marielle, pelas ideias que propagam.

O senador condenou a disseminação de notícias falsas na internet sobre a execução de Marielle. E citou artigo publicado pelo jornal El País, segundo o qual a morte de Marielle revela o confronto entre “civilização e barbárie” no Brasil.

O senador acrescentou críticas à política de austeridade fiscal, que corta recursos da segurança pública e prejudica a atuação da polícia, e citou dados que correlacionam a elevação das taxas de escolaridade e emprego com a redução do número de homicídios.

— Aumento de 1% na taxa de desemprego dos homens jovens, 15 a 29 anos, contribui para aumento da taxa de homicídio no município em questão de 2,5%. Ou seja: 1% a mais de desemprego, 2,5% a mais de homicídios. Há uma correlação direta — declarou Lindbergh.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)