Senado reduz consumo de água em 31% no último trimestre

Da Redação | 18/08/2017, 20h24

Nos meses de maio, junho e julho, o Senado reduziu 31% no consumo de água e 4,15% no de energia, em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o uso de folhas de papel reprográfico A4 caiu 8%, passando de 5.326 resmas (pacotes com 500 folhas) em 2016 para 4.898 em 2017. Os dados são da Coordenação de Administração e Suprimento de Almoxarifados, vinculada à Secretaria de Patrimônio (SPTR), e da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).

A diretora-geral, Ilana Trombka, afirma que o Senado tem se empenhado para garantir um consumo cada vez mais consciente e ressalta que têm sido testadas novas tecnologias que poderão reduzir ainda mais o consumo na Casa.

— É preciso frisar que o Senado segue fazendo o seu dever de casa sempre, no sentido de baixar os valores referentes a uma diversidade enorme de itens. Isso é importante especialmente neste momento em que o Distrito Federal entra no período de seca e quando há racionamento de água. Além disso, o processo eletrônico segue dando resultados positivos e a mudança no contrato de outsourcing [terceirização de impressão] também se mostrou acertada — afirmou a diretora.

Água

Enquanto, em maio de 2016, foram utilizados 15.437 metros cúbicos de água; em 2017, o número caiu para 10.239 metros cúbicos. Joelmo Borges, diretor da Sinfra, destaca que a economia está relacionada a medidas como a instalação de redutores de pressão na saída dos principais reservatórios de água do Senado, além de ações de detecção e do conserto de vazamentos.

— No período de maio a julho de 2017, economizamos aproximadamente 14 milhões de litros de água [o equivalente a 14 mil metros cúbicos] comparando com o mesmo período do ano anterior. A nossa previsão inicial era menor, mas os usuários das nossas instalações têm demonstrado preocupação com o tema e otimizado consideravelmente o uso desse recurso — explicou.

De acordo com Joelmo, a meta é pesquisar novos pontos, nos demais reservatórios, para instalação de redutores sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.

Energia elétrica

Em relação à economia de 4,15% no consumo de energia elétrica no último trimestre, o diretor da Sinfra salienta que, além das ações rotineiras de manutenção dos equipamentos, foi instituída uma nova política para operação dos equipamentos de climatização na Casa. Desde fevereiro, os aparelhos de ar condicionado têm horário definido para serem ligados e desligados.

— Pretendemos obter novos ganhos a partir da conscientização dos usuários. Medidas simples como desligar os equipamentos de climatização, iluminação e computadores, ao sair dos ambientes de trabalho, podem colaborar para novas reduções.

Papel

A redução do uso de papel reprográfico A4 também foi significativa: em 2016, foram utilizadas 5.326 resmas em maio, junho e julho; no mesmo trimestre de 2017, foram usados 4.898 pacotes.

Antônio César Moura, coordenador de Administração e Suprimento de Almoxarifados, acredita que alguns fatores podem ter contribuído para a queda no uso de papel. Um deles foi a mudança na configuração das impressoras, que foram programadas para imprimir em frente e verso.

— Em segundo lugar, acho que a redução do número de impressoras [nos setores] também ajudou. Na minha opinião, o Portal da Transparência também teve impacto, a partir do momento em que esses dados passaram a ser exportados do Sistema de Gestão de Patrimônio e Almoxarifado para o portal. Agora, esses dados estão abertos para todo o país.

O gestor do Núcleo de Coordenação das Ações Socioambientais (NCAS), Pérsio Barroso, ressalta que, nos últimos anos, o Senado tem feito esforços para conscientizar os servidores e para diminuir gradativamente o uso desses insumos.

— No caso do papel, a racionalização das impressoras teve um impacto muito grande. Agora, estamos programando o desligamento remoto das estações de trabalho, que vai ser implantado em etapas a partir de setembro — disse o gestor.

Outro fator que pode ter contribuído para a redução do consumo de papel A4 foi a implantação do processo eletrônico no Senado. Desde então, o Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos controla a produção, transmissão, armazenamento, manutenção e preservação dos processos. A partir de maio de 2015, novos processos passaram a ser inteiramente digitais.

Para o coordenador-geral da Secretaria de Gestão de Informação e Documentação (Sgidoc), Wênis de Almeida Batista, o processo eletrônico garantiu economia de diversos insumos e proporcionou mais celeridade processual.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)