Atletas com deficiência inspiram atitudes do dia a dia frente às dificuldades, diz Andrew Parsons

Da Redação | 20/10/2016, 20h40

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, esteve no Senado nesta quinta-feira (20) para falar sobre a trajetória de atletas paralímpicos e as diversas características que marcam suas histórias.

Com a presença de pessoas com deficiência no auditório do Interlegis — como o atleta paralímpico brasiliense Luciano Rezende, do tiro com arco —, Andrew Parsons afirmou que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são os maiores eventos do mundo em tempos de paz. O dirigente também chamou a atenção para as palavras mencionadas na plateia ao verem imagens de atletas paralímpicos competindo.

— Nenhum de vocês falou deficiência, limitação ou prótese ao observar essas pessoas e sim palavras positivas como determinação, garra, treino, e é nisso realmente que os atletas focam. Eles maximizam aquilo que funciona nos seus corpos e isso é uma lição para qualquer pessoa e não somente para eles — observou.

Parsons também apontou características importantes como coragem, planejamento, meta e trabalho no dia a dia de atletas paralímpicos e enfatizou a reação dos atletas aos seus problemas, o que deve ser encarado como lição geral diante de qualquer dificuldade enfrentada.

Talento potencializado

Trabalhar o talento foi outro aspecto apontado pelo dirigente, que deu como exemplo Clodoaldo da Silva, atleta da natação que contou com treinamento e técnicas para lapidar seu potencial e desenvolveu-se muito mais do que faria sem a ajuda de treinadores e preparadores físicos e demais profissionais do esporte.

O presidente do CPB falou ainda sobre Shirlene Coelho, atleta paralímpica de arremesso de dardo, que antes de ganhar medalhas em Pequim, Londres e no Rio foi empregada doméstica. Hoje Shirlene faz faculdade de educação física, disse Parsons, ao chamar a atenção para a oportunidade de capacitação profissional que o esporte proporciona na vida dos paratletas. Ele acrescentou que, para muitos deles, a vida é encarada pela perspectiva “do fundo do poço ao topo do pódio”, fazendo que as atitudes de superação sejam uma escolha e não algo natural.

A diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, que abriu a palestra, destacou a intenção de levar ao Senado "o orgulho que tomou conta dos brasileiros com a realização das Olimpíadas e das Paralimpíadas no Rio de Janeiro".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)