Senadores manifestam solidariedade a Cristovam Buarque

Da Redação | 04/10/2016, 19h21

Durante a sessão do Plenário desta terça-feira (4), vários senadores manifestaram solidariedade ao senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Cartazes apócrifos chamando Cristovam de “vovô golpista” foram colados em Brasília, na região da escola das netas do senador.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ter orgulho do colega e definiu Cristovam como um dos melhores quadros políticos do país. Renan disse que o Senado deve repelir qualquer manifestação de violência e intolerância contra qualquer senador.

— São poucos os políticos do Brasil com a estatura e com rol de serviços prestados ao país como o senador Cristovam Buarque — declarou Renan.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) manifestou solidariedade com Cristovam e lamentou a intolerância com a divergência de pensamento. O senador Reguffe (sem partido-DF) definiu Cristovam como um homem honesto e íntegro. Ele disse que é triste o momento em que as pessoas são agredidas por causa de uma opinião. Para Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a honra de Cristovam é inatacável, por isso houve a tentativa de atingir algo muito precioso, que é a família e, no caso, as netas.

— Procuraram atingir o que há de mais sagrado no coração do senador. Quem é avô sabe o que isso significa —lamentou Garibaldi.

Os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB), Edison Lobão (PMDB-MA), Roberto Muniz (PR-BA), Hélio José (PMDB-DF), José Medeiros (PSD-MT), João Capiberibe (PSB-AP), Aécio Neves (PSDB-MG), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Rose de Freitas (PMDB-ES) também manifestaram apoio a Cristovam. Rose, inclusive, pediu uma “reação” do Senado, que deve responder a atos de intolerância com atitudes que busquem o fim da impunidade.

Antonio Anastasia (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), José Agripino (DEM-RN), José Aníbal (PSDB-SP), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Simone Tebet (PMDB-MS) destacaram a história e a integridade de Cristovam. O senador Jorge Viana (PT-AC) elogiou a iniciativa “suprapartidária” de solidariedade no Plenário. Já a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou o ocorrido e disse que as agressões não podem ser admitidas nem com senadores nem com aqueles que não são políticos.

Cristovam agradeceu o apoio dos colegas “em nome das duas netas” e disse que a manifestação de tolerância dos senadores é uma amostra do modo de como deve ser feita a política. Ele ainda manifestou solidariedade com outros senadores que também foram vítimas de hostilidades.

— Precisamos de tolerância, para todos os lados – pediu o senador.

Outros casos

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lamentou o ocorrido e informou que também foi agredido no aeroporto de Aracaju (SE), por ter votado a favor do impeachment. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) fez uma defesa da democracia e manifestou seu apoio a Cristovam e a outros senadores que igualmente sofreram agressões.

A senadora Regina Sousa (PT-PI) também expressou solidariedade com o senador Cristovam e lembrou que ela própria foi vítima de ataques. A senadora contou que ao discursar no dia da votação do impeachment, no dia 31 de agosto, a jornalista Joyce Hasselmann fez uma transmissão on-line da sessão, chamando-a de “semianalfabeta e cretina”. Regina Sousa informou ao Plenário que vai tomar medidas judiciais contra a jornalista.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)