Ângela Portela avalia que anúncio de déficit maior é para garantir 'golpe'

Da Redação e Da Rádio Senado | 06/07/2016, 16h26

A senadora Ângela Portela (PT-RR) reafirmou que o “governo ilegítimo” do presidente interino Michel Temer está promovendo uma "gastança generalizada" nas despesas públicas para garantir a aprovação definitiva no Senado do "golpe" que é o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ângela Portela afirmou que não é verdadeira a justificativa do governo interino de que o déficit foi herdado do governo Dilma. Ela lembrou que a presidente afastada havia enviado ao Congresso pedido de revisão do limite do déficit para R$ 96 bilhões. Esse limite é bem inferior ao que foi aprovado pelo Congresso para o governo Temer que aceitou um déficit recorde de R$ 170 bilhões de reais no orçamento da União de 2016. O mais grave, segundo a senadora, é que o governo interino já admite repetir, em 2017, o déficit recorde de R$ 170 bilhões ou, no mínimo, R$ 160 bilhões.

Para Ângela Portela está claro que o governo Temer abandonou o discurso de que garantiria a solvência das contas públicas, reduzindo os gastos públicos. O que ele quer, na opinião da senadora, é garantir a aprovação do impeachment.

— O déficit maior permite um acerto de contas com todos os apoiadores do golpe. Os ministros recebem os ministérios com orçamento maior, os impostos não serão aumentados, o Judiciário garante os seus reajustes e a redução do papel do BNDES vem, para agradar o mercado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)