Avanço do processo de impeachment indica futuras políticas recessivas, avalia Ângela Portela

Da Redação e Da Rádio Senado | 26/04/2016, 16h59

A senadora Ângela Portela (PT-RR) afirmou que as discussões desta terça-feira na comissão especial do impeachment mostraram o avanço das ações para afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo, com previsão da discussão do relatório nos dias 4 a 6 de maio, e a votação no Plenário do Senado no dia 11.

De acordo com Ângela Portela, a movimentação dos políticos que querem derrubar a presidente dá pistas das políticas recessivas que estão sendo preparadas. Ela disse que, além do atentado à democracia com o empenho pelo impeachment, o grupo também prepara um golpe contra as conquistas sociais dos últimos 14 anos, com o enxugamento drástico das políticas sociais, como os programas Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

Além disso, segundo a senadora, os principais analistas já falam em diminuição da idade mínima para aposentadoria, cortes em gastos sociais e aumento de impostos.

— Tudo isso torna ainda mais dramática a tarefa no Senado, essa que nós estamos assumindo: colocar as denúncias contra a presidente Dilma em seu devido lugar, o da disputa política, visto que não há sustentação jurídica para o impeachment. É o que se espera do Senado, serenidade, equilíbrio, apreço à democracia e apreço à Constituição.

Na visão de Ângela Portela, o processo de impeachment é fruto de um acordo triplo, envolvendo os derrotados de 2014, parlamentares que querem se livrar da operação Lava Jato e elites econômicas que pretendem voltar a ditar os rumos das políticas do Governo. A senadora afirmou que cada um desses grupos vai querer cobrar a sua parte se conseguirem derrubar Dilma.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)