Rose denuncia paralisia da Câmara por impeachment e afirma desconforto por estar na comissão

Da Redação | 25/04/2016, 20h35

Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (25), a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) informou que os trabalhos da Câmara dos Deputados estão paralisados desde a semana passada. Ela acusou a presidência da Câmara de “determinar que nada funcionará” até que o impeachment de Dilma Rousseff seja aceito pelo Senado, como forma de pressionar os senadores.

— Estou no Congresso desde 1987 e jamais vi alguma Casa boicotar o país. Estou vendo agora. Estamos engessados pela posição de uma pessoa. Isso não é justo com o Brasil. É uma covardia que se faz com o povo brasileiro — criticou.

A senadora lembrou que a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) está parada desde o fim de março por ainda não ter recebido as indicações dos membros para o ano de 2016. Rose, que presidiu a CMO no último ciclo de trabalhos, observou que a comissão ainda precisa analisar um projeto que altera a meta fiscal do governo federal para este ano (PLN 1/2016).

Comissão do Impeachment

Rose também comentou o início da atuação da comissão especial do impeachment, que elegerá presidente e relator nesta terça-feira (26). Ela é membro do colegiado, mas admitiu que teria preferido não participar e que foi “intimada” pela liderança do PMDB a ocupar uma das cinco vagas a que o partido tem direito.

— Com certeza vou desempenhar essa tarefa, é da vida pública, mas não posso evitar sentir esse constrangimento e mal-estar — disse.

A senadora disse que a tarefa de julgar a presidente Dilma por crime de responsabilidade é importante, mas “não será fácil nem agradável”, e ressaltou que a comissão deverá ter “maturidade”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)