Lindbergh: 'Comunidade internacional está perplexa com o golpe no Brasil'

Da Redação e Da Rádio Senado | 13/04/2016, 18h06

“Cresce a resistência internacional ao golpe no Brasil”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) nesta quarta-feira (13) em Plenario. Ele disse que a comunidade mundial está perplexa e não consegue entender que, no Brasil, "uma presidente da República sabidamente honesta" possa ser afastada do cargo por "adversários que são sabidamente corruptos e desonestos".

Para o senador, o diretor-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almado, resumiu bem a perplexidade da comunidade internacional ao declarar que o que ocorre no Brasil é o mundo ao contrário, porque a presidente Dilma Rousseff, que não é acusada de nada ilegal, pode perder o cargo em um processo de impeachment aberto com o apoio de muitos parlamentares que são acusados e culpados.

Já o governo da Argentina, de acordo com Lindbergh, avalia que o processo de impeachment cria instabilidade na América do Sul, enquanto a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), afirma que  aceitar que um presidente seja destituída por supostas falhas, em atos meramente administrativos, pode levar à perigosa criminalização de um governo por razões meramente políticas.

Lindbergh citou a reação de outras personalidades e da mídia internacional criticando o processo de impeachment.

— O mundo inteiro está ficando chocado com essa farsa monumental. O mundo não está conseguindo entender esse mundo ao contrário do golpe brasileiro. Ninguém consegue entender  essa total inversão de valores. E não dá mesmo para entender. É claro que não é a primeira vez que se faz ou se tenta fazer um golpe no Brasil. Foi o que ocorreu com Getúlio Vargas, foi o que ocorreu com João Goulart — afirmou Lindbergh.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)