Lasier Martins: 'Golpe é fraudar as contas públicas com propósitos eleitorais'

Da Redação e Da Rádio Senado | 12/04/2016, 20h36

Aos que dizem que a aprovação do relatório da comissão especial da Câmara dos Deputados favorável à abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Roussef é um golpe, o senador Lasier Martins (PDT-RS) afirmou que "golpe é maquiar e fraudar as contas públicas para esconder a verdade com propósitos eleitorais".

Segundo o senador, foi isso o que fez o governo nas eleições de 2014. Ele disse que o brasileiro foi às urnas e elegeu Dilma Rousseff  porque acreditou na propaganda eleitoral que mostrava que tudo estava bem. Tudo, no entanto, disse o senador gaúcho, não passava de truque do então marqueteiro do PT, João Santana.

Lasier Martins afirmou ainda que, em 1992, o pedido de afastamento do então presidente Fernando Collor, hoje senador pelo PTC de Alagoas, tinha motivação política, e que a razão jurídica apontada à época era um mero pretexto.  Para o senador, hoje a situação é diferente, porque o processo de impeachment tem motivação tanto jurídica quanto política, que são as pedaladas fiscais, a dilapidação da economia e os estragos à ética.

— O que se quer agora é a reação para sair do caos. A presidente abusou do direito de errar. Não mais inspira confiança para prosseguir. E é por isso que as multidões estão indo às ruas e, no próximo domingo, certamente, teremos o desfecho na Câmara dos Deputados, para depois a incumbência vir para nós, no Senado Federal.

Lasier Martins também elogiou editorial desta terça-feira do Jornal Folha de São Paulo, segundo o qual o governo Dilma deixa um legado de destruição incomparável, com a maior empresa do país, a Petrobras, superendividada, desmontada e com grandes prejuízos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)