Simone Tebet relaciona desafios na saúde e na política ao lembrar Dia Mundial da Saúde

Da Redação | 07/04/2016, 12h48

A epidemia de microcefalia e as demais complicações causadas pelo mosquito Aedes aegypti foram citados pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) nesta sexta-feira (7), em Plenário, para enfatizar as dificuldades do país tanto no campo da saúde quanto na política e na economia. A senadora aproveitou o Dia Mundial da Saúde, celebrado na data, para relacionar os temas.

— Hoje, estamos comemorando do Dia Mundial da Saúde, e o Senado não pode silenciar dentro dessa realidade do sofrimento e morte que o Brasil vive. É um País que tem medo, medo do desemprego, medo da desassistência, medo da morte. É muito grave o que está acontecendo no País neste instante — salientou.

De acordo com Simone, além da microcefalia física e das doenças que o Brasil enfrenta não só nos dias atuais, mas desde o passado, agora há também o que ela chamou de ‘microcefalia política’, que afeta principalmente a classe política e impede o enfrentamento das grandes questões do país.

— Se a microcefalia física significa a redução do cérebro dos nossos bebês e das nossas crianças, causando, como eu disse, danos neurológicos irreparáveis, a microcefalia política atrofia. É a miopia da classe política de conseguir enxergar além do hoje — criticou.

Para a senadora, da mesma forma que faltou uma reforma urbana para resolver os problemas caóticos das cidades, também falta uma reforma política para reformar a classe política. Ela criticou os desvios do presidencialismo de coalizão, que motiva barganhas políticas em torno de cargos públicos em troca de apoio ao governo.

Simone aproveitou ainda para cobrar mais democracia interna em seu partido. Ela apelou ao novo presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para que as bases sejam ouvidas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)