Aprovados novos embaixadores para a Coreia do Sul e para a representação do Brasil na CPLP

Da Redação | 01/03/2016, 17h38

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (1º) a indicação do novo embaixador do Brasil na Coreia do Sul, o ministro de primeira classe Luís Fernando de Andrade Serra, com 52 votos favoráveis e 2 contrários. Formado em Direito e natural do Rio de Janeiro, o diplomata ocupa desde 2011 o cargo de embaixador do Brasil em Singapura.

A mensagem de indicação do novo embaixador teve como relator na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). A indicação foi aprovada na comissão no último dia 18, quando o diplomata foi sabatinado pelos senadores. A mensagem segue agora para promulgação.

Na sabatina, Luís Fernando de Andrade Serra informou que a Coreia do Sul sinalizou ao governo brasileiro que gostaria de celebrar um acordo de livre comércio com o Mercosul. Segundo ele, o governo brasileiro ainda não tem posição firmada sobre o melhor momento para iniciar as negociações desse acordo, mas esta poderia ser uma boa chance de tornar mais equilibradas as trocas comerciais bilaterais. Em 2014, por exemplo, foi registrado um déficit na balança comercial de US$ 4,7 bilhões. Além disso, 75% da pauta exportadora brasileira são de produtos básicos, enquanto 99% das vendas coreanas ao Brasil referem-se a produtos industrializados.

Outro ponto importante a ser fortalecido nas relações entre os dois países, destacou o embaixador, diz respeito à educação. Já passaram pela Coreia do Sul 550 estudantes brasileiros participantes do programa Ciência sem Fronteiras — atualmente encontram-se naquele país apenas 73.

Língua Portuguesa

O Plenário também aprovou a indicação de Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão para chefiar a representação do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Entre outros cargos, o embaixador ocupou, cumulativamente, as Embaixadas do Brasil na Dinamarca e na Lituânia, de 2010 a 2013. Sua indicação recebeu 58 votos favoráveis, 2 contrários e uma abstenção. A mensagem segue agora para promulgação.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi criada em Lisboa, em 17 de julho de 1996, na Cimeira Constitutiva de Lisboa, em torno de três objetivos gerais, definidos nos Estatutos da Comunidade: a concertação político-diplomática entre os seus membros; a cooperação econômica, social, cultural e técnico-científica; e a promoção e difusão da Língua Portuguesa.

Ao ser sabatinado pelos senadores na CRE, Mourão sugeriu uma proximidade maior do Senado com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a criação do Grupo Parlamentar Brasil-CPLP. Ele lembrou que a comunidade, integrada por nove países (Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) tem o Brasil como principal mentor e maior contribuinte, com cerca de 30% do orçamento da comunidade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)