Telmário Mota contesta proibição de vaquejadas no DF

Da Redação e Da Rádio Senado | 14/12/2015, 18h54

O senador Telmário Mota (PDT-RR) criticou uma decisão judicial recente que proibiu a realização de torneios de vaquejada no Distrito Federal. Segundo ele, a proibição afronta uma manifestação cultural legítima, que é importante para muitas pessoas, e traz prejuízos econômicos.

— A vaquejada, nos últimos dez anos, se modernizou, profissionalizando-se, tornando-se reconhecida como esporte. Isso não só envolve uma cultura, uma tradição, mas envolve uma gama de geração de empregos, de impostos, de fábricas. A mão de obra que construiu Brasília foi do nordestino, do nortista, então não pode acabar com uma cultura genuinamente brasileira.

Originada da atividade dos peões de boiada do Nordeste, a vaquejada consiste em dois vaqueiros a cavalo que devem conduzir um boi até uma área demarcada em uma arena e ali derrubá-lo. A proibição judicial citou preocupações de ambientalistas e ativistas dos direitos dos animais.

Telmário argumentou que a decisão, ainda em primeira instância, não levou em consideração os prejuízos que causaria, tanto materiais quanto culturais, no sentido de tirar uma “alegria do homem do campo”. Ele criticou o fato de o Judiciário estar proibindo a vaquejada ao mesmo tempo em que muitos juízes advogam pela liberação das drogas. Para o senador, trata-se de falta de sensibilidade em relação ao interesse público.

O senador comentou ainda as manifestações desse domingo (13) pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele relatou que em seu estado a adesão foi mínima, porque a população “não foi ingrata”. Para Telmário, seria prejudicial para o país querer substituir presidente da República “como se troca um técnico de futebol”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)