Comissão do Congresso brasileiro organiza fórum no encerramento da COP-21

Da Redação | 10/12/2015, 19h10

Iniciada no último dia 30, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21) termina nesta sexta-feira (11), em Paris, com uma atividade que deverá reunir a delegação de parlamentares brasileiros na capital francesa: o “Fórum de discussões sobre os resultados da COP-21”. O encontro é organizado pela Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que, desde o último dia 4, participa do encontro mundial da ONU como um dos representantes do parlamento brasileiro.

À tarde, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (Ethos) promove o painel "A política brasileira de mudança climática pós-2020: desafios e oportunidades". Nesta quinta-feira (10), a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, conduziu o “Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas”. A delegação brasileira também participou do painel "Perspectivas econômicas com os iNDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas)".

Na avaliação do presidente da CMMC, as propostas do Brasil apresentadas durante a COP-21 conquistaram protagonismo e o interesse das mais de 190 nações que participam da conferência. O senador Fernando Bezerra Coelho elogiou a iNDC-Brasil:

- Foi o país que apresentou a melhor proposta do ponto de vista da redução de emissões [de gases que provocam o efeito estufa]. E também é o grande exemplo; sobretudo, na redução do desmatamento da Floresta Amazônica.

A proposta central da iNDC-Brasil para a COP-21 é que “o país, até o final deste século, envidará esforços para uma transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para tal transição”. Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.

Na área de energia – um dos pilares da CMMC – a iNDC-Brasil propõe que a participação das energias renováveis chegue, até o ano de 2030, a 23% da matriz energética brasileira, especialmente a solar, eólica e de biomassa, sem considerar a hidrelétrica. Fernando Bezerra defende que a participação das “energias limpas”, na matriz energética nacional, aumente para 25%, no ano (2030)

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)