Vanessa Grazziotin defende proposta brasileira na COP-21

Da Redação e Da Rádio Senado | 01/12/2015, 16h09

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu o posicionamento do Brasil na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, que ocorre até o dia 13 de dezembro, em Paris, na França.

Segundo ela, o governo brasileiro defende a adoção, por todos os países, de metas obrigatórias de redução de emissão de gases de efeito estufa.

Como explicou a senadora, a contribuição do Brasil é ousada e abrange medidas como a redução, em 37%, da emissão de gases de efeito estufa até 2025, e em 43%, até 2030, índices que devem incidir no quantitativo de emissões ocorridas em 2005.

O governo brasileiro também vai se comprometer a gerar 45% da energia por meio de fontes renováveis até 2030. Neste ano, o país também deve finalizar o reflorestamento de 12 milhões de hectares, área equivalente a da Inglaterra. Por fim, o país deve anunciar a meta de zerar o desmatamento na Amazônia Legal, acrescentou Vanessa Grazziotin.

— Eu creio que a forma de garantir o desmatamento zero não é apenas bloqueando áreas e transformando-as em áreas de preservação ambiental, mas é também garantindo aos 25 milhões de brasileiros e brasileiras que lá vivem a possibilidade do desenvolvimento sustentável, acessando todo o instrumental que eles necessitam para promover esse desenvolvimento sustentável.

Vanessa Grazziotin disse que, ao final da COP-21, os países participantes devem firmar o Acordo de Paris, por meio do qual se comprometem a adotar medidas para limitar em dois graus Celsius o aquecimento global até o ano de 2100.

Para tanto, não apenas os países industrializados devem adotar medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Essa obrigatoriedade deve se estender para outros países e, segundo reforçou a senadora, o Brasil defende que todos os países, e não apenas parte deles, se engajem nessa luta.

Dados do Banco Mundial indicam que, em 2012, 81,5% da energia consumida no planeta era gerada por meio de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural.

Outros 8,5%, por meio da hidreletricidade e outras fontes como energia solar e força do vento. E 10% tinham origem na biomassa, citou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)