Criação do Diploma Nise da Silveira será apreciado em turno suplementar

Da Redação | 26/11/2015, 18h09

Vai a votação em turno suplementar no Plenário do Senado o substitutivo ao projeto de resolução (PRS 04/2015), que cria o Diploma Nise Magalhães da Silveira. A iniciativa do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) visa homenagear personalidades que tenham contribuído com o desenvolvimento de técnicas e condições de tratamento humanizado da saúde no Brasil.

A premiação deverá ocorrer anualmente, em sessão especial do Senado, sempre no mês de outubro. A proposta também cria o Conselho do Diploma Nise Magalhães da Silveira, que será composto por sete senadores. Os membros desse conselho ficarão responsáveis pela escolha dos agraciados.

O relatório do senador Zezé Perrela (PDT-MG) é pela aprovação do projeto na forma do substitutivo apresentado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), com sua adequação à nova resolução do Senado que orienta proposições destinadas à concessão de láureas, de 30 de junho de 2015.

Nise da Silveira

Nascida em 1905, a alagoana Nise da Silveira Magalhães graduou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1926. Em 1933, foi aprovada num concurso para psiquiatra do Hospital da Praia Vermelha, no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental.

Em 1944, começou a trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional de Engenho de Dentro (RJ), depois denominado Centro Psiquiátrico Pedro II e, atualmente, Instituto Municipal Nise da Silveira, onde fundou, em 1946, a Seção de Terapêutica Ocupacional (STO). Nessa instituição, a médica passou a tratar pacientes com distúrbios mentais graves por meio da arte, em substituição aos tratamentos que eram utilizados, como a lobotomia e as sessões de eletrochoque e de choque insulínico.

Nise criou ainda, em 1956, o centro de reabilitação Casa das Palmeiras, também no Rio de Janeiro. Discípula de Carl Gustav Yung, a psiquiatra se recusava a aplicar eletrochoques nos doentes e seu trabalho científico sobre esquizofrenia obteve reconhecimento mundial. A médica morreu em 1999, aos 94 anos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)