Senado do Futuro elege Cristovam como vice-presidente e define debates

Rodrigo Chia | 16/07/2015, 14h42

A Comissão Senado do Futuro elegeu nesta quarta-feira (15) o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) como vice-presidente e definiu os temas que serão debatidos no segundo semestre. O primeiro painel, marcado para 17 de agosto, será "Impasses e perspectivas da sociedade brasileira".

O plano de trabalho apresentado pelo presidente da comissão, Wellington Fagundes (PR-MT), inclui ainda discussões sobre os seguintes temas: "Senado do futuro e Senado para o futuro", "Crescimento econômico e desenvolvimento sustentável", "Futuro das cidades e as cidades sustentáveis", "Democracia, instituições e a representação popular" e "Relacionamento do Senado com o cidadão".

Wellington explicou que pretende promover uma discussão mais dinâmica, talvez em formato de "roda de conversa", em vez do modelo tradicional de audiência pública. Também disse que vai incentivar o uso de canais de participação do cidadão.

— Como não é uma comissão deliberativa, queremos fazer com que tenha um dinamismo maior, nas discussões, nos debates, até nos embates, sem o formalismo das comissões temáticas — explicou.

Cristovam Buarque, que foi relator da comissão no biênio 2013-2014, comemorou o prosseguimento dos trabalhos.

— É uma oportunidade muito grande para o Senado refletir sobre para onde estamos indo. Não no Brasil, não na circunstância imediata, que nos aprisiona tanto, mas no longuíssimo prazo, 20, 30, 50 anos. Para onde está indo o mundo em cada um dos seus aspectos.

Sugestões

Outros senadores apresentaram temas que poderão ser inseridos no cronograma já aprovado. Fátima Bezerra (PT-RN), ao mencionar o livro Brasil, uma biografia, de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, sugeriu que se aborde a questão da escravidão, como referencial histórico e em suas formas contemporâneas.

Já José Medeiros (PPS-MT) pediu debate sobre a atuação de instituições como o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, numa nova realidade de dispersão do poder, tema da obra O fim do poder, de Moisés Naím.

O senador Donizeti Nogueira (PT-TO) sugeriu que os assuntos definidos levem em conta as perspectivas e expectativas da juventude. Wellington Fagundes concordou com a importância desse ponto de vista. Ele também informou que a comissão vai trabalhar em parceria com o projeto Jovem Senador, que permite que estudantes de todo o país conheçam o Senado e participem de atividades legislativas simuladas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)