Lindbergh Farias lamenta a violência contra os jovens

Da Redação | 06/04/2015, 17h33

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que existe no Brasil um verdadeiro genocídio da juventude que precisa ser combatido. E a aprovação da PEC 51/2013, que remodela a estrutura da segurança pública do país, é um caminho, afirmou.

A PEC, apresentada pelo senador, trata entre outras coisas, da desmilitarização das polícias e defende a carreira única na polícia.

Lindbergh também considera importante que a segurança pública atue juntamente com políticas públicas nas áreas de educação, saúde e de promoção de cultura e esporte para os jovens.

O senador citou ainda dados que preocupam a todos. No ano de 2013, 2.212 pessoas foram mortas pela polícia no Brasil. Já nos Estados Unidos, a polícia matou 409 pessoas.

No Brasil, há 26,9 mortes por 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos, o índice é de 4,7 mortes por 100 mil habitantes. E a Organização Mundial de Saúde considera fora de controle a violência que faz mais de 10 vítimas a cada 100 mil habitantes.

Outros dados mostrados por Lindbergh Farias revelam que se nada for feito no país, os homicídios na adolescência até 2019, ou seja em jovens com 12 a 18 anos de idade, chegarão a 42 mil pessoas nas cidades com mais de 100  mil habitantes.

Ele também chamou a atenção para a situação em muitas comunidades outrora pacificadas no Rio de Janeiro.

Citou o exemplo ocorrido semana passada no Complexo do Alemão, onde uma criança de 10 anos, Eduardo Jesus  Ferreira, levou um tiro na porta da casa. A suspeita é que a bala teria sido disparada por um policial, disse o senador, acrescentando que as famosas UPPs, unidades de polícia pacificadora, já não funcionam mais tão bem assim:

— Nós estamos mergulhando num profundo retrocesso e não aproveitamos aquela energia que era uma energia que juntava o povo do Rio de Janeiro, dizendo que dessa vez vai dar certo, para fazer uma reforma mais profunda na Polícia do Rio de Janeiro. E hoje, infelizmente a gente enfrenta um problema muito difícil nas comunidades oriundas não só do complexo do alemão mas nas grandes comunidades ocupadas como Rocinha, como várias outras.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)