Cassado em 69, Marcello Alencar foi prefeito e governador do Rio

Da Redação | 19/12/2012, 22h48

Presidente de honra do PSDB do Rio de Janeiro, Marcello Nunes de Alencar, de 87 anos, foi senador pelo antigo estado da Guanabara. Advogado, foi suplente do senador Mário Martins (1913-1994), tendo exercido o mandato parlamentar em 1967.

Defensor de presos políticos a partir do golpe de 1964, Marcello Alencar foi um dos oito senadores cassados pelo regime militar. Ele perdeu o mandato em 1969, após o Ato Institucional nº5, o AI-5. Dez anos depois, com a Lei de Anistia, uniu-se ao projeto político do líder de oposição Leonel Brizola (1922-2004) e filiou-se ao recém-criado PDT.

Durante o primeiro governo de Brizola no estado do Rio de Janeiro (1983-1986), Marcello Alencar presidiu o Banerj e foi nomeado prefeito da capital, cargo que ocupou até 1986. Em 1989, após o governo de Roberto Saturnino Braga, Marcello Alencar voltou à prefeitura, dessa vez eleito pelo voto popular. Colocou em ação o projeto Rio-Orla, com o qual remodelou os calçadões litorâneos e criou ciclovias. E, tal qual o antecessor, rompeu com o governador Brizola.

Em 1993, filiou-se ao PSDB, apoiando no ano seguinte a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República e elegendo-se governador do Rio de Janeiro.

No período à frente do governo do Rio, construiu a Via Light, rodovia que une as cidades do Rio e de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e seguiu com a expansão do metrô. Marcello Alencar também foi responsável por um amplo programa de privatizações. A venda de estatais incluiu o metrô e o Banerj, que passou ao controle do banco Itaú, e ainda a Telerj, a Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj), a Companhia Estadual de Gás (CEG) e a Flumitrens.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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