Senadores querem política para aumentar número de médicos no interior do país

Da Redação | 04/05/2011, 15h23

A concentração de médicos nos grandes centros urbanos, com consequente falta desses profissionais no interior do país, foi apontada por diversos senadores como uma das causas das deficiências de atendimento na rede pública de saúde. Os parlamentares discutiram medidas para reverter esse quadro, em audiência nesta quarta-feira (4) com ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Na apresentação aos parlamentares, durante o debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Padilha disse que sua pasta está trabalhando em conjunto com o Ministério da Educação para incentivar o aumento da oferta de vagas nas faculdades de Medicina nas regiões onde há maior necessidade de médicos.

Ele também destacou a ampliação do programa Pró-Residência, que visa oferecer bolsas de estudo para residência médica em especialidades e regiões prioritárias, definidas pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

- Em geral, o médico fica onde faz residência e especialização. Com o Programa Pró-Residência, vamos ampliar a oferta em especialidades mais necessárias e nas regiões mais carentes de profissionais - disse, citando a Pediatria como uma das áreas onde se verifica falta de médicos.

Ao apoiar a iniciativa, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) relatou dificuldades em manter médicos nos postos de saúde e hospitais do seu estado. E mostrando que a interiorização é uma demanda nacional, Casildo Maldaner (PMDB-SC) contou que, em Santa Catarina, a maioria dos médicos quer ficar em Florianópolis.

Já o senador Paulo Davim (PV-RN) disse que as atividades realizadas pelos profissionais de saúde deveriam ser incluídas como carreiras de Estado.

- No Brasil, tudo o que é prioridade vira carreira de Estado. Se incluirmos a saúde, ai sim seria um estímulo - opinou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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