Para Ideli, Brasil deve adotar posição ofensiva na conferência do clima em dezembro

Da Redação | 21/10/2009, 17h26

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) defendeu nesta quarta-feira (21), em Plenário, a tomada de uma posição "ofensiva, instigante e até de provocação" por parte do Brasil na Conferência das Mudanças Climáticas (COP 15), que será realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Ela assinalou que o Brasil tem a seu favor uma das maiores coberturas florestais e uma das maiores reservas de água doce do planeta, além de ter também uma matriz energética altamente renovável.

- Mas não podemos ter uma posição ingênua e assumir metas sem que os demais [países] também o façam na medida da responsabilidade que têm e que tiveram com o comprometimento do planeta, com o volume de emissões [de gás carbônico] que praticaram e continuam praticando em níveis elevadíssimos - advertiu a senadora.

Ideli disse esperar que todos os países assumam compromissos sérios com a redução da emissão de gás carbônico na conferência.

- Todos nós temos que estar convencidos de que não aumentarmos em mais de dois graus centígrados a temperatura da terra em relação à era pré-industrial até o final deste século é de suma importância, é fundamental para que possamos ter um planeta em condições de manter a vida - ressaltou a senadora.

Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso, a parlamentar também informou que a comissão está concluindo os seus trabalhos e deverá apresentar parecer preliminar nos próximos dias.

A senadora citou ainda reportagem do jornal londrino The Guardian, publicada nesta quarta-feira, segundo a qual a autoridade reguladora de publicidade local vai investigar a campanha de TV do governo britânico sobre as alterações climáticas, que custou seis milhões de libras. Segundo o jornal, foram feitas centenas de denúncias acusando o governo daquele país de provocar alarmismo e de enganar o público.

Ideli disse que, ao mesmo tempo que o assunto é relevante, é importante precaver-se contra o alarmismo e evitar tomar medidas que possam prejudicar um país como o Brasil, quepreservou as suas florestas enquanto tantos outros dizimaram as suas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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