Garibaldi se diz comovido com jornal em braile para deficientes visuais

Da Redação | 14/05/2008, 14h49

Ao conduzir, nesta quarta-feira (14), solenidade de lançamento de uma versão em braile do Jornal do Senado destinada a para pessoas com deficiência visual, o presidente da Casa, Garibaldi Alves, se disse comovido com a iniciativa de levar informações a um universo cada vez maior de cidadãos. Em seu gabinete, diante de inúmeros deficientes acompanhados de cães-guia, Garibaldi encerrou seu discurso conclamando a inclusão desses brasileiros.

- Sim ao deficiente, sim à sua vida, sim à sua luta, sim ao seu futuro - disse.

Um dos presentes então gritou "sim à convenção da ONU". Ele se referia à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e recentemente adotada pelo Brasil. O documento ratifica todos os direitos dos cidadãos com deficiência e proíbe a discriminação contra essas pessoas. Ao ouvir o "sim à convenção da ONU", Garibaldi Alves acrescentou:

-Sim à convenção da ONU e sim à ONU.

Em seu discurso, o presidente do Senado contou que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, lhe dissera que uma das dificuldades encontradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a justificação da ausência do voto dos deficientes visuais consistiu no fato de que eles protestaram quando igualados à mesma condição do idoso. Para efeito de livrar-se da multa por não poder votar, eles sustentaram que não queriam igualar-se à condição do idoso. O que eles queriam era votar, explicou Garibaldi.

- Eu fiquei comovido com esse exemplo que me foi dado pelo ministro Gilmar Mendes, como agora fico comovido com esse exemplo que vocês estão dando aqui. Por isso, quero dizer novamente que esse trabalho é a prioridade maiorque nós devemos ter aqui no Senado. Quando aqui cheguei, encontrei esse trabalho muito bem desenvolvido. E fiquei indagando se caberia mesmo ao Senado fazer isso. Mas depois eu vi que estava inteiramente errado. O Senado tem é que expandir esse trabalho. Nós dissemos a Gilmar Mendes: vamos ajudar a justiça a expandir esse trabalho, vamos ajudar outras instituições, para que todos possamos, no final das contas, dizer que valeu a pena fazer alguma coisa pelos deficientes, como estamos fazendo - declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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