Livros sobre pesquisas do Brasil na Antártica são lançados no Senado

Os livros Brasil na Antártica - 25 anos de história e O Brasil e o Meio Ambiente Antártico foram lançados na Biblioteca Luiz Vianna Filho, nesta terça-feira (6), como parte da programação da Semana do Continente Antártico. O primeiro é uma publicação da Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar, e o segundo, do Ministério do Meio Ambiente.

Presidente da Comissão Parlamentar em Apoio ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que esse continente é um ambiente cultural de fundamental importância para a sobrevivência humana no futuro.

Na ocasião, Cristovam apontou a necessidade de o Brasil assumir sua responsabilidade pelo equilíbrio ambiental. Salientou ainda ser preciso fazer uma "revolução cultural" e modificar a visão que se tem do planeta, evitando-se ações que possam contribuir para o aquecimento global e a desarticulação agrícola, além de ameaçar a sobrevivência da humanidade.

- O país pode ser um exemplo da relação do homem com a natureza. Aqui entra a Antártica, e o Brasil pode usar inteligência e os seus recursos para avaliar como está ocorrendo a evolução climática - comentou.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, elogiou o trabalho da coordenadora do livro Brasil na Antártica - 25 anos de história, Tânia Brito. Segundo assinalou, a publicação enfoca pesquisas realizadas pelo Brasil no continente desde 1983 e que resultaram na adesão do país ao Protocolo de Madrid, de 1991. Pelo acordo, o governo brasileiro se tornou membro pleno do Tratado da Antártica e passou a compartilhar a responsabilidade pelo futuro do continente gelado.

Já o livro O Brasil e o Meio Ambiente Antártico é, segundo ele, uma homenagem ao Jubileu de Prata do Programa Ambiental Brasileiro e aborda duas linhas de pesquisa: o monitoramento das mudanças climáticas básicas e o seu impacto local e global, especialmente na América do Sul. Essas pesquisas envolveram mais de 300 estudiosos e 20 institutos de pesquisa, conforme explicou Capobianco.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente também falou sobre o reconhecimento obtido pelo trabalho realizado na Antártica durante a realização do Ano Polar Internacional 2007/2008.

- O programa brasileiro foi considerado o melhor estudo de Estado já realizado e um modelo a ser seguido por outras nações. O Brasil faz a diferença na pesquisa e na proteção do ambiente antártico - sustentou.

O lançamento das duas publicações também foi prestigiado pelo comandante da Marinha em exercício, almirante-de-esquadra Júlio Saboya de Araújo Jorge; pelo secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general João Roberto de Oliveira, e pela vice-presidente da Comissão Parlamentar em Apoio ao Proantar, deputada Maria Helena (PSB-RR).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)