Advogado de Mônica tentou extorquir Renan, diz Cafeteira

Da Redação | 30/08/2007, 13h05

O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) surpreendeu os colegas na reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar destinada a analisar o relatório da representação do PSOL contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, na manhã desta quinta-feira (30), ao afirmar que o advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon Mendes, teria tentado extorquir o presidente do Senado.

Segundo Cafeteira, no dia 12 de maio - cerca de uma semana antes da divulgação, pela revista Veja, da denúncia de que Renan teria utilizado o funcionário da construtora Mendes Júnior Cláudio Gontijo como intermediário no pagamento da pensão alimentícia à filha que tem com a jornalista - , Calmon teria participado de um almoço na casa do próprio senador pelo Maranhão.

Nessa ocasião, o advogado de Mônica teria solicitado a Cafeteira que convencesse o presidente do Senado a pagar R$ 20 milhões à sua cliente. Cafeteira disse que havia outro senador como testemunha, mas preferiu não revelar o nome desse parlamentar.

O senador Almeida Lima (PMDB-SE) classificou o fato narrado de "extremamente grave". Já o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) observou que o outro senador que teria participado do almoço deveria manifestar-se.

Cafeteira foi o primeiro relator do processo, mas teve que renunciar ao cargo por problemas de saúde. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) assumiu seu lugar, mas permaneceu no posto por menos de 24 horas. Após um período de impasse, optou-se pela nomeação de uma comissão de inquérito formada pelos senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima.

Cafeteira reafirmou sua convicção na inocência do senador Renan.

- Não há nenhum documento que incrimine o senador Renan Calheiros. Ele apenas criou problemas fiscais ao tentar explicar o que não lhe perguntavam - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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