Jayme Campos afirma que nunca requereu titulação de terras e se diz vítima de leviandade

Da Redação | 25/04/2007, 20h01

O senador Jayme Campos (DEM-MT) desafiou nesta quarta-feira (25) "qualquer pessoa sensata" a provar que algum dia ele tenha pedido a órgãos públicos a titulação de terras públicas devolutas. Ele considerou uma leviandade a afirmação de duas senhoras, em gravação telefônica grampeada, de que teria feito tráfico de influência.

A conversaconsta de documentos da "Operação Lacraia", da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha especializada em conseguir a titulação ilegal de terras devolutas.

Jayme Campos recebeu a solidariedade de 16 senadores, em apartes. Alguns deles afirmaram que as duas senhoras, da cidade de Barra do Garças (MT), tinham feito apenas "maledicência" e "fuxico". O líder do DEM, senador José Agripino (RN), observou que passaram pelas mãos de Jayme Campos, quando governador de Mato Grosso e prefeito por três vezes do município de Várzea Grande, "milhões de reais" e nunca houve qualquer dúvida sobre sua honestidade. Curiosamente, acrescentou, agora "uma conversa de comadres" foi pinçada de uma gravação com insinuações para denegrir sua imagem pública.

O senador de Mato Grosso apoiou a investigação da Polícia Federal para apurar a participação de proprietários rurais, funcionários de cartórios, bancários e funcionários públicos em grilagem e fraudes contra o sistema financeiro.

- Em Mato Grosso, no entanto, há juízes que têm a mania de aparecer em público para sujar a honra de homens públicos. No meu estado, infelizmente estamos sujeitos à leviandade de alguns julgadores incoerentes e mal intencionados - afirmou.

Jayme Campos tachou de "bizarra" a conversa entre as duas senhoras, por terem afirmado que "pode haver um político grande" intermediando uma disputa entre cartorários de Barra do Garças no Superior Tribunal de Justiça.

- Pura elucubração. Devaneio de quem enxerga sombra no próprio horizonte. Pura infâmia. Um crime contra a minha honra - sustentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: