PSDB já aceita votar LDO

Da Redação | 04/07/2005, 00h00

O PSDB já aceita votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2006, informou nesta segunda-feira (4) o líder do partido na Câmara, deputado Alberto Goldaman (SP). Até então, o PSDB vinha obstruindo a votação, exigindo que a CPI dos Correios funcionasse durante o recesso. Pela legislação, o Congresso só pode começar o recesso de julho depois da votação da LDO.

Alberto Goldman disse que os governistas já concordam com o funcionamento da CPI dos Correios no recesso. Explicou que seu partido pressionava com a votação da LDO por temer uma manobra de esvaziamento das investigações da Comissão de Inquérito. No entanto, ponderou que ainda vai negociar essa posição com os líderes do PFL, partido que também compõe o bloco oposicionista.

A princípio, o PFL não pretende obstruir a votação da LDO na Comissão de Orçamento, conforme o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ). Tanto Goldman quanto Rodrigo Maia, entretanto, garantem que continuarão obstruindo os trabalhos do plenário da Câmara, evitando a leitura do requerimento que cria a CPI para investigar a compra de votos no governo Fernando Henrique Cardoso.

O presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), já convocou reunião para a tarde desta terça-feira (5), destinada à votação de vários itens, entre eles o projeto da LDO. Também está convocada uma reunião do Congresso para o início da noite, quando deverá ser lido o requerimento que cria a CPI de senadores e deputados para investigar as denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de pagamento de propina a deputados ("CPI do Mensalão").

Caso o projeto da LDO seja votado na CMO, ele poderá entrar em votação no Congresso na quarta-feira (6), liberando os congressistas para o recesso de julho. Assim, só funcionaria durante o recesso a CPI dos Correios, que inclusive já tem depoimentos marcados para a próxima semana.Mas o PFL quer que também trabalhe no recesso a CPI do Mensalão, caso ela seja criada na sessão do Congresso desta terça-feira (5).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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