Senado doa obras em braile a escola de Belo Horizonte

Da Redação | 12/08/2002, 00h00

Cerca de 20 alunos deficientes visuais da 1ª série do ensino fundamental da Escola Estadual São Rafael, de Belo Horizonte, visitaram, nesta segunda-feira (12), o estande do Senado, que os convidou a participar do 3º Salão do Livro de Minas Gerais. A escola recebeu da equipe do Senado cópias de publicações em braile, editadas pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Constituição de 1988, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor e a Lei de Doação de Órgãos.

O diretor da Escola Estadual São Rafael, José Juvenal da Cruz Filho, que é deficiente visual, elogiou a iniciativa do Senado, por considerar que a oferta de publicações em braile é fundamental para a inclusão efetiva dos deficientes visuais à sociedade.

- A inclusão dos deficientes visuais é das mais fáceis. Porém, para isso, precisamos de iniciativas como essa, do Senado Federal - afirmou.

A escola, fundada há 76 anos, tem 380 estudantes deficientes visuais. Parte dos professores também é cega, como a professora Ana Cristina Teixeira Prado, que acompanhou os alunos no evento. As crianças, com idades entre 6 e 16 anos, participaram ainda, no circo montado na parte externa do Salão do Livro de Minas Gerais, de leitura de histórias por artistas e cantores mineiros. Para o diretor, a participação de um evento fora da escola ajuda as crianças a se sentirem parte da comunidade em que vivem.

Durante a visita, o diretor da Subsecretaria de Edições Técnicas, Raimundo Pontes Cunha Neto, se comprometeu a enviar para a escola os textos das publicações editadas pela Subsecretaria em meio magnético para impressão em braile pela Secretaria Estadual de Educação de Belo Horizonte. A instituição vai receber cerca de 40 livros, entre legislação e a Revista de Informação Legislativa.

A Coordenadora da Seção Braile da Biblioteca Pública Estadual Luís de Bessa, Vânia Mara Oberda, também participou do evento.

- Essa é uma iniciativa muito importante. Falta divulgação de informação para o deficiente visual. A publicação dos livros supre essa falha - declarou.

O Senado edita obras em braile desde 1988 e distribui cópias dos livros confeccionados especialmente para deficientes visuais para bibliotecas públicas de todo país. A partir de então, a Comissão de Feiras do Livro oferece as publicações ao público dos eventos literários que participa nos estados e convida as instituições de deficientes visuais a conhecerem o trabalho desenvolvido pela Casa e doa coleções em braile para o acervo de bibliotecas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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