SUPLICY PEDE PAZ ENTRE ÁRABES E JUDEUS
Da Redação | 30/04/1998, 12h31
Ao presidir hoje (30) a sessão do Senado destinada a homenagear os 50 anos da Fundação do Estado de Israel, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez um candente apelo para a paz na região, entre árabes e judeus. "Nessa data festiva, faço votos que Israel prossiga seu radiante destino, sob o signo da paz, da solidariedade e da irmanação com todas as nações, em especial as que lhe são vizinhas", enfatizou.
Suplicy citou os últimos esforços internacionais para promover a paz no Oriente Médio, entre árabes e israelenses, que se iniciaram em Madrid (Espanha) em 1991, prosseguiram em Oslo (Noruega), culminando na assinatura da Declaração de Princípios, em Washington, em setembro de 1993. "Não podemos esquecer o gesto de aperto de mãos entre o saudoso Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, nos jardins da Casa Branca, selando suas intenções pacíficas", disse.
Para Suplicy, o Estado de Israel é uma realidade que não pode ser ignorada. "Não é motivo, porém, para que sejamos pessimistas em relação à possibilidade de 'vida pacífica' na Palestina. Os líderes políticos de Israel sabem que o Estado somente se tornou viável devido aos esforços das Nações Unidas. Mas, o mesmo Direito das Gentes que lhes proporcionou o assentamento nas terras de seus ancestrais deve, por eqüidade, ser observado ante reivindicações também lícitas de populações árabes, em especial dos palestinos".
Para reforçar seu apelo pela paz no Oriente Médio, Suplicy citou palavras do Levítico, antigo documento histórico dos judeus. "Não guarde ódio contra seu irmão. Ame o seu próximo como a si mesmo. Quando um imigrante habitar comvocês no país, não o oprimam. O imigrante será para vocês um concidadão, porque vocês também foram imigrantes na terra do Egito."
Ao finalizar seu discurso, o senador paulista afirmou que a fraternidade humana não é um sonho inatingível. "Qualquer pessoa que passeie, hoje, pelas ruas de Jerusalém ao entardecer, e veja judeus rezando suas preces no Muro Ocidental, enquanto ouve o badalar dos sinos numa igreja das proximidades e o canto plangente de um muezim chamando os muçulmanos à oração sentirá que é possível se atingir a paz no Oriente Médio".Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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