Bulimia nervosa

Da Redação | 26/03/2007, 00h00

Assim como a anoréxica, a pessoa bulímica tem a auto-estima altamente ligada à sua aparência, que também percebe de forma totalmente distorcida. Mais de 90% dos casos ocorrem em mulheres: a doença começa no final da adolescência ou início da idade adulta e atinge de 1% a 3% delas. Mas, enquanto o anoréxico vai parando de comer, o bulímico tem crises em que come, às escondidas e exageradamente, doces e alimentos altamente calóricos – até 15 mil calorias numa refeição. Depois da crise, sente culpa, vergonha e medo de engordar, o que o leva a provocar vômito ou usar laxantes, diuréticos ou enemas, a jejuar ou a exagerar nos exercícios físicos, para aliviar o desconforto e o medo de engordar. O bulímico percebe sua falta de controle e sofre com isso.

Sintomas

As pessoas bulímicas em geral estão no peso normal, mas têm depressão, ansiedade e fobia social. Cerca de um terço abusa do álcool e dos estimulantes, na tentativa de controlar o apetite. As mulheres podem parar de menstruar. O vômito pode levar à perda dos dentes e a inflamação no esôfago.

Evolução

A compulsão periódica por comida freqüentemente começa durante ou após uma dieta. Também como na anorexia, o risco de desenvolver a doença é maior para os parentes em primeiro grau de pessoas bulímicas, anoréxicas ou com outro transtorno psicológico. A bulimia pode durar vários anos, tornando-se crônica ou intermitente, com fases de saúde e recaídas. O resultado da doença a longo prazo é desconhecido.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)