Justiça Eleitoral planeja ajustar sistema biométrico

A biometria é considerada a forma mais segura de ­identificação dos eleitores para evitar fraudes, mas as falhas no reconhecimento da digital causaram atrasos e filas em diferentes cidades e estados do Brasil. Em Niterói (RJ), as pessoas aguardaram duas horas na fila para votar. Mais de 20 milhões de ­eleitores em todo o país, cerca de 15% do eleitorado nacional, se identificaram pelo sistema biométrico para votar.

No Distrito Federal, uma parcela significativa dos eleitores reclamaram do novo sistema adotado em todos os locais de votação e lembraram que nas últimas eleições o tempo de espera foi menor.

Para o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF, Arthur Cezar da Silva Junior, apesar das dificuldades já esperadas com a novidade, o saldo foi positivo.

— Tivemos problemas pontuais em algumas seções eleitorais, mas na grande maioria a votação foi muito rápida, com poucas filas — contabilizou.

O diretor acredita que o processo deve ser mais rápido e tranquilo no segundo turno, já que os eleitores vão escolher apenas os candidatos a presidente da República e a governador.

Ele explicou que o TRE deve revisar os equipamentos para reduzir eventuais problemas.

— Nesta parte, que é da ­identificação do eleitor, nós vamos fazer verificações no sistema, em conjunto com o TSE, que gerencia esse sistema, para verificarmos uma possível redução da dificuldade no leitor biométrico.  Acreditamos que será possível reduzir a dificuldade — antecipou Silva Junior.

Na opinião do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, os percalços foram poucos e sem maiores repercussões.

— O balanço de pequenos problemas deverá indicar o que aprimorar no sistema, mas a Justiça Eleitoral não voltará atrás no processo de cadastramento biométrico. O projeto foi um sucesso — disse o ministro.

O TSE espera que todos os eleitores do país sejam identificados pela digital nas eleições de 2018.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)