Pioneiras se disfarçaram de homem para lutar em guerras

A primeira mulher a se alistar numa unidade militar das Forças Armadas Brasileiras e a entrar em combate pelo Brasil foi a baiana Maria Quitéria de Jesus Medeiros, em 1823. Ela fugiu de casa durante a Guerra da Independência, cortou os cabelos e se apresentou com o codinome de soldado Medeiros. Seu disfarce foi descoberto duas semanas depois, mas ela permaneceu, por conta de seu bom comportamento, se tornando a primeira mulher a ser combatente do Exército.

Outra que se disfarçou para lutar durante a Guerra do Paraguai (1864–1870) foi Antônia Alves Feitosa, mais conhecida como Jovita. Aos 17 anos de idade, ela cortou os cabelos e se juntou às tropas de Voluntários da Pátria que lutavam no conflito, mas foi descoberta e interrogada em Teresina (PI), onde se realizava o alistamento. Rejeitou ir para um destacamento de enfermeiras e, protestando para ser combatente, obteve permissão especial do então presidente da Província do Piauí, o Barão de Loreto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)