Mães falam sobre os filhos e a nova lei
Da Redação | 11/11/2014, 00h00
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Mães falam sobre os filhos e a nova lei |
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— Lógico que já tivemos oportunidades para uma repreensão, mas nunca numa atuação física — conta. Ana Paula lembra que é mais trabalhoso, mas sempre tem um resultado melhor. — Eu li uma vez uma frase de um livro chamado A Autoestima do seu filho que dizia: se você trata seus amigos como você trata seu filho, será que você ainda teria esses amigos? É muito forte, né? — disse. |
— O problema é o excesso e como as pessoas apontam o dedo para esse “tapinha”. Porque, às vezes, não é um tapinha, é você pegar a criança de uma maneira mais forte, para que ela se acalme. Com a criação da lei, houve uma coisa de as pessoas apontarem e saírem julgando se aquilo é ou não é uma violência. Eu sou contra a violência física. Mas você pegar, segurar para poder conversar, acalmar, é importante — argumenta a mãe. |
Maria (nome fictício) — Eu dei uma chinelada e, quando comecei a bater, ela começou a gritar e isso me irritou. Daí eu disse: eu nem bati direito e você já está gritando? Comecei a bater, bater e bater. Meu marido veio e me tirou de cima dela. Descontrolei, fiquei descontrolada — assume, arrependida. Desde o acontecimento, ela faz tratamento psiquiátrico, toma remédios e espera recuperar a guarda da filha. |
Marina Domingos
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)