“Tive de adiar a gravidez porque o apartamento não foi entregue”

O apartamento que a professora de educação infantil Adriana Bernardes, de 36 anos, comprou em São Paulo deveria ter ficado pronto em 2011. Ela ainda não se mudou.

“Marcamos o casamento para o final de 2012, achando que a obra estaria concluída. Nada disso. Meu marido e eu voltamos da lua de mel e tivemos que nos mudar para a casa da minha mãe, que só tem um quarto. Imagine: nós, recém-casados, dormindo no mesmo quarto da minha mãe. Não temos privacidade. Isso tem afetado o casamento. Estamos há sete meses lá. A geladeira, o fogão e os outros presentes de casamento estão entulhados na sala. O plano de engravidar teve de ser adiado. Tem dias em que choro, noites em que não durmo.

Como é possível que tudo tenha dado errado? Eu ligava para a construtora, e as moças não eram nada educadas: ‘Você tem que aguardar’. Recebemos a chave há pouco tempo, mas o apartamento veio cheio de defeitos. Não podemos nos mudar enquanto a construtora não consertá-los. Entramos na Justiça pedindo uma indenização. Não queremos ficar lá muito tempo. Estamos traumatizados. A ideia é juntar dinheiro para ir logo para uma casa.”

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)