Uso medicinal tem maioria entre os que defendem legalização

Da Redação | 12/08/2014, 00h00

Durante a audiência, Cristovam Buarque leu uma série de manifestações enviadas por meio do Portal e-Cidadania.

A internauta identificada como Juliana F. escreveu: “Sou contra a liberação! Estudos sólidos mostram seus danos. Temos que pensar nas crianças e nos jovens que poderão fazer usos desta substância e parar com este egoísmo de querer propagar um lazer que faz mal à saúde individual e de possíveis usuários”.

Johann P. relatou que tem câncer e usa maconha para minimizar os efeitos da quimioterapia: “Seus bens são tão grandes que já passou da hora de se regulamentar o uso. Fora os danos causados pela ineficiente guerra às drogas! Legalize já para todos os fins”, defendeu.

Uma pesquisa do DataSenado, realizada nos dias 6 e 7 de junho, indicou apoio de apenas 9% dos entrevistados à legalização da maconha para qualquer fim. Já a permissão restrita ao uso medicinal da droga é defendida por 48%. A proibição total, como ocorre hoje, é apoiada por 42%. Os dados mostram que o debate precisa ir além da ciência e abranger a questão moral e social. Muitos acreditam que flexibilizar a legislação pode estimular o vício, afetando a segurança e a saúde pública. A grande maioria (82%) concorda que a maconha leva o usuário a experimentar drogas mais pesadas.

Entre os que declaram ter alguma crença ou religião, o percentual contrário à legalização é maior: 55% dos que se declararam evangélicos são contra a legalização. A pesquisa foi feita com 1.106 pessoas de 16 anos ou mais, em todos os estados, e a margem de erro é de três pontos percentuais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)