"Sem o programa, eu não conseguiria estudar"

Da Redação | 20/09/2011, 00h00

Phillip Lima, de 22 anos, dificilmente estaria hoje cursando o segundo ano de Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub) se não tivesse conseguido financiar 100% da mensalidade pelo Fies. Ele é filho de uma dona de casa e de um operário da construção civil e mora no Gama, uma das cidades-satélite do Distrito Federal. A família não poderia sustentar o filho num curso que dura cinco anos e custa quase R$ 1.100 por mês.

&#8212 Eu até poderia estudar em faculdades baratas, de R$ 400, R$ 500 por mês. Existem muitas assim por aí. Mas os cursos não são bons. Seria desperdício de tempo e de dinheiro. Se não fosse o Fies, acho que eu não faria faculdade &#8212 afirma Phillip, que sonha em ser analista processual em algum tribunal.

O Fies não considera a renda do estudante isoladamente. Na realidade, compara a renda com o valor da mensalidade da faculdade. Pode pedir o empréstimo, o estudante que estiver matriculado num curso cuja mensalidade compromete 20% ou mais da renda familiar per capita.

Considere-se uma família composta de quatro pessoas e com uma renda bruta total de R$ 10.000 por mês &#8212 a renda familiar por pessoa é de R$ 2.500. Se a mensalidade da faculdade custa R$ 1.500 (60% da renda familiar por pessoa), o estudante tem direito a pedir financiamento de até 100%. O Fies, portanto, não beneficia apenas os alunos carentes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)