Ouvinte conta sua história sobre a Hora do Brasil

Da Redação | 26/08/2014, 00h00

Todos os dias Alberto Francisco da Silva, 73 anos, escuta A Voz do Brasil. E esse “hábito”, que ele carrega desde os 11 anos de idade, o faz muito feliz.

 

— Comecei a ouvir [A Voz do Brasil] quando tinha 11 anos de idade. Antes era uma criança e não me ligava com as notícias, mas, quando passei a estudar, me interessei e daí nunca mais larguei. Toda a família, pais, tios e primos ouviam. A minha mãe dizia: “Menino, liga o rádio que está na Hora do Brasil”. Aí começava com aquela musiquinha conhecida e vinham as notícias — relembra Silva, aposentado por invalidez.

 

Conhecido em Rio Branco como Alberto Ceguinho, é ouvinte assíduo da Rádio Difusora Acriana, que tem 70 anos.

 

— Sou mais velho que a Rádio Difusora alguns anos, quase que faço aniversário junto com a Hora do Brasil — conta, usando o nome mais antigo do programa.

 

O aposentado, que mora sozinho, tem dois aparelhos de rádio e dois de televisão, mas se apega mesmo é ao rádio, que, para ele, é a fonte mais confiável de informações. Ele sabe tudo sobre o programa, que dedica os primeiros 25 minutos para o Poder Executivo, os 5 minutos seguintes para o Poder Judiciário e os 30 minutos restantes para o Congresso Nacional.

 

— Eu acho importante saber o que os parlamentares estão fazendo. Fui seringueiro por 27 anos, na fazenda do avô do senador Jorge Viana (PT-AC). Conheço todo mundo aqui e todo mundo me conhece — conclui.

 

A locutora aposentada da Voz do Brasil no Senado Federal, Thaís Vivacqua, trabalhou 28 anos na apresentação do programa, sempre revezando com o companheiro João Marques, que era titular desde 1974, mas também se aposentou, além de João Evangelista Narciso e Ozório Anchises.

 

Thaís entrou no Senado em 1984, como revisora da Gráfica, mas logo foi convidada pelo diretor da antiga Subsecretaria de Divulgação, Washington Tadeu de Melo, para trabalhar no setor. Mais tarde, fez um teste para A Voz do Brasil. Aprovada, passou a trabalhar no programa.

 

— Eu trabalhava na Gráfica e me chamaram para fazer um teste. De todas as vozes femininas, eu fui a única que passou. Depois tive que fazer um curso de impostação de voz para poder apresentar o programa — revela.

 

Thaís lembra que muitas vezes a voz dela foi reconhecida na rua. Contou que, em uma viagem a Fortaleza, ao entrar em um táxi, percebeu que o motorista ouvia a Rádio Senado. Ao conversar, ele se virou e a reconheceu, dizendo: “Puxa, você é a Thaís?”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)