CDH debate pesquisa do DataSenado sobre violência contra a mulher na quinta

Da Agência Senado | 06/03/2024, 09h02 - ATUALIZADO EM 06/03/2024, 13h15

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de Março), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) debate, nesta quinta-feira (7), em audiência pública marcada para 9h, a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada a cada dois anos pelo DataSenado. O requerimento (REQ 10/2024), do presidente do colegiado senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado na reunião desta quarta-feira (6).

O levantamento faz parte da mais longa série de pesquisas de opinião sobre o tema no Brasil. Nesta edição, o DataSenado ampliou de maneira significativa a amostra para investigar mais a fundo a desigualdade de gênero e suas consequências. Foram entrevistadas 21.787 brasileiras, com 16 anos ou mais, por telefone, entre os dias 21 de agosto e 25 de setembro de 2023. O aumento no número de entrevistadas foi acompanhado também de outra inovação: pela primeira vez a pesquisa identificou e ouviu mulheres transgênero.

A pesquisa, feita em 2023 em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), mostrou que três em cada dez mulheres no Brasil já foram vítimas de violência doméstica provocada por homens. Os números mostram que a violência psicológica é a mais recorrente (89%), seguida pela moral (77%), pela física (76%), pela patrimonial (34%) e pela sexual (25%).

A violência física é mais registrada entre as mulheres de menor renda. Além disso, a maior parte das vítimas sofre a primeira agressão entre 19 a 24 anos, de acordo com 22% das entrevistadas

Presidente da CDH e autor do requerimento para a audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS) destaca que o levantamento faz parte da mais longa série de pesquisas de opinião sobre o tema no Brasil.

“Na presente edição, o DataSenado ampliou de maneira significativa a amostra para investigar mais a fundo a desigualdade de gênero e suas consequências. O aumento no número de entrevistadas foi acompanhado também de outra inovação: pela primeira vez a pesquisa identificou e ouviu mulheres transgênero”, expõe.

Para esta edição da pesquisa foram ouvidas 21,7 mil mulheres com 16 anos ou mais, por telefone, entre 21 de agosto e 25 de setembro do ano passado. O nível de confiança é de 95%.

Estão confirmadas as participações na audiência pública da procuradora da Mulher do Senado, senadora Zenaide Mais (PSD-RN); do coordenador do Instituto DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira; da chefe do Serviço de Pesquisa e Análise do DataSenado, Isabela de Souza Lima Campos e da coordenadora-geral de Promoção dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Dayana Brunetto. Também são esperados representantes dos Ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos e Cidadania e da Justiça e Segurança Pública.

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)