Senado deverá promover evento sobre Síndrome de Down em março

O Senado Federal deverá promover um evento, no período de 18 a 22 de março, para marcar a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down. O ponto alto da homenagem ocorreria no dia 21 de março, data dedicada anualmente à conscientização sobre a síndrome. Nesta quarta-feira (20), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vota requerimento do senador Romário (Pode-RJ) pedindo a programação especial.

— O Brasil hoje aceita e respeita mais quem tem Síndrome de Down do que há 13 anos, quando minha filha nasceu com a síndrome. E cabe a nós continuar fazendo avançar esse esforço para que essas pessoas participem do nosso dia a dia. Vamos dar a essas pessoas a oportunidade de mostrar para o Brasil o que elas podem fazer — disse Romário, que é presidente da CAS.

No requerimento, o senador explica que sua intenção é não só comemorar a data, mas também combater o preconceito e sensibilizar o público quanto às potencialidades das pessoas com Síndrome de Down.

O dia 21 de março foi escolhido para marcar a celebração mundial pelo fato de a Síndrome de Down ser uma alteração genética no 21º par de cromossomos. Nas pessoas com a síndrome, esse cromossomo não é formado por um par, mas por três exemplares (trissomia).

“Oficialmente estabelecida em 2006, essa data tem por finalidade dar visibilidade ao tema, reduzindo a origem do preconceito, que é a falta de informação correta. Em outras palavras, combater o ‘mito’ que teima em transformar uma diferença num rótulo, numa sociedade cada vez mais sem tempo, sensibilidade ou paciência para o ‘diferente’”, destaca Romário no requerimento.

Ajuda

Durante o debate, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) contou a história da filha de uma amiga, a menina Ana Carolina, que tem Down. A família precisou recorrer à Justiça para ter reconhecido o direito a um acompanhante no colégio. Como é advogada, Soraya, a partir do caso da menina, advogou para crianças com necessidades específicas em Mato Grosso do Sul, para garantir que as prefeituras designassem um mediador na sala de aula.

— O que mais dói é ver que a prefeitura colocava um estagiário, e não um professor do quadro, mais experiente. Essas crianças precisam de assistência, assim como os autistas, na hora do recreio, no banheiro...

O senador Flávio Arns (Rede-PR) propôs incluir nos debates todas as pessoas com deficiência ou necessidades especiais, como autistas, cegos e surdos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)